Mais de 200 profissionais, entre secretários municipais de Assistência Social, gestores, coordenadores e técnicos das entidades executoras das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto de 55 cidades pernambucanas participaram do Encontro Estadual do Sistema Socioeducativo. Realizado ontem, no Recife, o evento teve como tema “A Escolarização na Execução das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto”, com o objetivo de dar visibilidade à realidade que envolve esse público, sob a perspectiva de garantir as condições básicas para a dignidade humana, induzindo a transformação e a justiça social.

A realização foi da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas (SDSCJPVD), através de sua Secretaria Executiva de Criança e Juventude (SECJ) e da Gerência de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. A mesa de abertura contou com a presença do titular da SDSCJPVD, Carlos Braga, que ressaltou a importância do assunto em pauta. “Nossa missão é continuar trabalhando para que os socioeducandos tenham uma trajetória de progresso. A educação muda o mundo, a prevenção de todos os nossos grandes problemas passa pela necessidade da oferta de educação de qualidade a todos”, reforçou o secretário.

Participaram dos debates Suelly Cysneiros, gerente de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto da SECJ; Cledson Lima, gerente de Políticas Educacionais de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria Estadual de Educação e Esportes; Carolinne Fernández, superintendente da Política de Atendimento da Funase; Christiana Caribé, juíza da Vara da Infância e Juventude de Jaboatão dos Guararapes; Aline Arroxelas, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude do Ministério Público de Pernambuco; e um jovem de 19 anos que cumpre medida socioeducativa em meio aberto.

“Como estratégia de interlocução interinstitucional, é fundamental que sejam estabelecidos fluxos e protocolos entre os órgãos gestores das políticas públicas, envolvendo o sistema de Justiça”, pontuou Suelly Cysneiros.

A programação seguiu com depoimentos de socioeducandos e de equipes estaduais a respeito do processo de reinserção dos adolescentes ao convívio social por meio da educação. Um dos jovens destacou que o acesso à educação profissionalizante expandiu suas possibilidades de melhorar as condições materiais e permanece contribuindo para a construção de sua autoestima. “Recebi uma ligação na hora em que chegava para o evento contando que vou ser efetivado como profissional na empresa em que estava como aprendiz. Estou muito feliz, quero continuar fazendo a coisa certa”, disse.

Pedagoga do Centro de Referência de Assistência Social de Olinda, Renata Reis considerou a experiência enriquecedora para o trabalho cotidiano. “É fundamental termos a oportunidade de trocar conhecimentos com colegas de outras regiões. O encontro também faz com que possamos perceber a importância do nosso trabalho e como ele pode mudar vidas”, contou.

???? Vinícius Lins/SDSCJPVD