O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas (SAS), recebeu um reconhecimento duplo na primeira edição do Prêmio Brasil Sem Fome. Essa iniciativa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) valoriza ações inovadoras e eficazes no combate à fome e na promoção da segurança alimentar e nutricional.

O estado foi premiado em duas categorias: pelo Bom Funcionamento das Instâncias do SISAN nos Estados, ao lado de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná, e pelas Boas Práticas de Combate à Fome e Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional, junto com Ceará, Paraná, Maranhão, Bahia e Espírito Santo. Esse reconhecimento reforça o papel de destaque do estado na construção de políticas públicas que garantem o Direito Humano à Alimentação Adequada, especialmente em regiões mais vulneráveis.

O reconhecimento recebido reflete o empenho de Pernambuco em ampliar e consolidar as políticas de segurança alimentar e nutricional. Ao assumir a gestão em 2023, só haviam 02 municípios aderidos ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Em pouco mais de dois anos, o estado aumentou esse número para 120.

A rede de atendimento também se consolidou com mais de 235 Cozinhas Comunitárias em funcionamento por todas as regiões, responsáveis por servir mais de 19 milhões de refeições desde 2023. Esse esforço coletivo contribuiu diretamente para a retirada de 1,7 milhão de pessoas da situação de fome, evidenciando que política pública bem estruturada gera resultados concretos e transforma vidas.

Carlos Braga, secretário da SAS, destacou a importância da governança local e da participação da sociedade como pilares da segurança alimentar: “Esse reconhecimento nacional confirma que Pernambuco está no caminho certo. Fortalecer as instâncias do SISAN, com conselhos municipais ativos e câmaras intersetoriais funcionando de forma integrada, é essencial para que as políticas públicas cheguem com qualidade aos territórios. A participação social é o que conecta essas ações à realidade das pessoas. O prêmio é um incentivo para seguirmos avançando com compromisso e inovação.”

O secretário de Combate à Fome, Felipe Medeiros, ressaltou que esse sucesso é resultado de uma política pública sólida, construída com diálogo e articulação entre diferentes setores: “Estar entre os premiados em duas categorias do Prêmio Brasil Sem Fome 2025 representa o reconhecimento do trabalho que realizamos no combate à fome e à má nutrição. Neste ano, ampliamos a participação dos municípios no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, apoiando tecnicamente a instalação dos conselhos municipais, das câmaras e das estruturas de governança que fortalecem essas políticas.”

Ele também destacou os avanços na rede de atendimento e os resultados concretos alcançados. “Expandimos o programa Bom Prato, que hoje conta com 235 cozinhas em funcionamento e 62 cozinhas solidárias contempladas por edital para organizações da sociedade civil. Já oferecemos mais de 19 milhões de refeições, o que contribuiu para que 2024 fosse o ano com o menor número de internações por desnutrição na história de Pernambuco, além da redução significativa da insegurança alimentar grave. Mais de 1,7 milhão de pessoas deixaram a situação de fome desde 2023. Esses resultados são motivo de orgulho e o prêmio reconhece o esforço de toda a nossa equipe.”

SOBRE A PREMIAÇÃO
O Prêmio Brasil Sem Fome tem como objetivo fortalecer o funcionamento das instâncias do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e incentivar práticas que assegurem a alimentação adequada como direito fundamental.

Além de estimular ações transformadoras, o prêmio promove a colaboração entre governo e sociedade civil, com base em dados concretos do país: a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), aplicada em 2022 no II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (Vigisan), realizado pela Rede Penssan; e os resultados da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), conduzida pelo IBGE em 2024.

Texto: Fernando Junior | SAS