
Com o tema Fortalecendo a identidade negra e a luta contra o racismo, a manhã cultural foi destinada aos jovens e adultos atendidos pelo programa estadual Vida Nova
O Centro da Juventude (CJ), no bairro de Santo Amaro, reuniu os jovens e adultos atendidos pelo programa estadual Vida Nova para discutir a luta contra o racismo e a importância de fortalecer as identidades culturais da população negra brasileira. O evento, promovido em alusão ao Dia da Consciência Negra, aconteceu na quinta-feira (24) e contou com uma programação de palestras, que traziam o contexto histórico da população negra no Brasil e ressaltavam personalidades negras relevantes, e apresentações artísticas que representam a cultura afro-brasileira.
Na manhã cultural, foram expostos materiais educativos produzidos pelos jovens e adultos do CJ nas atividades educativas que acontecem diariamente no equipamento. “O mural em homenagem ao Dia da Consciência Negra expõe todo o resultado do trabalho educativo que os profissionais do CJ executam rotineiramente com eles. São produções informativas, mas principalmente artísticas, que refletem o talento de cada um dos atendidos pelo equipamento”, pontuou a gerente da Proteção Social Especial de Média Complexidade, Lioniza Santos.
Para Erick Meireles, jovem trans de 27 anos atendido pelo programa, o momento foi essencial para que ele desenvolvesse suas habilidades artísticas e de convívio. “Para o evento, a gente conseguiu entender e expor nossa representatividade negra. É uma forma de nos ajudar a conquistar espaço e falar sobre nossas raízes, história e, principalmente, nossa luta”, destacou. Erick fez parte da programação apresentando uma música autoral que retrata a luta dos negros por liberdade e dos preconceitos que essa população sofre nos dias de hoje.
Programa Vida Nova – O Programa Vida Nova contribui com a efetivação dos direitos humanos de adolescentes, jovens e adultos em situação de risco social e/ou pessoal e de rua, além de seus familiares. A execução das ações acontece no Centro da Juventude, no Recife, espaço que atua no âmbito da proteção social especial e que desenvolve atividades socioeducativas e socioassistenciais. O público, oriundo do bairro de Santo Amaro e comunidades adjacentes, têm entre 18 e 29 anos.