O conceito de família acolhedora, modalidade preferencial entre os serviços socioassistenciais oferecidos para crianças e adolescentes em situação de direitos violados com necessidades de acolhimento, foi o foco da discussão na primeira edição do Encontro dos Serviços de Acolhimento Familiar de Pernambuco, nesta terça-feira (19), no Recife. O evento foi promovido pela Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e contou com a participação da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas (SDSCJPVD).
A mesa de abertura foi composta pela juíza Hélia Viegas, coordenadora da Infância e da Juventude do TJPE; pela promotora de Justiça Aline Arroxelas, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça; pela secretária Carolina Cabral, titular da SDSCJPVD; por Carlos Braga, secretário executivo de Assistência Social; por Bernardeth Gondim, coordenadora do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; e por Elisa Canuto, diretora-executiva ONG Reaviva Brasil.
Pernambuco conta com o serviço de acolhimento familiar em dez municípios, no momento: Paudalho, Jaboatão, Abreu e Lima, Ouricuri, Recife, Tamandaré, Olinda, Trindade, Araripina e Cabrobó. “Conhecer a experiência dos municípios pernambucanos que oferecem esse serviço é muito importante para que nós possamos ampliar essa atuação”, destacou a juíza Hélia Viegas.
Nesse cenário, um dos papéis do Estado é proporcionar assessoria às equipes de assistência social dos municípios, apoiando e capacitando esses técnicos. Para Carlos Braga, “o acolhimento familiar é um serviço que vem para melhorar a vida do acolhido e da acolhida. Nosso desejo é conseguir unir todas as frentes, o Executivo, o Judiciário, o Legislativo e a sociedade civil, para resolver esse grave problema que afeta nossas crianças e adolescentes”, defende. “Atualmente, o Nordeste é a terceira região em total de famílias acolhedoras. Sul e Sudeste já avançaram muito e aqui temos um grande potencial, mas ainda estamos aquém. Gostaria muito que Pernambuco fosse pioneiro nesse processo”, enfatizou a secretária Carolina Cabral.
As famílias interessadas em se tornar acolhedoras devem procurar a equipe de referência do serviço de acolhimento do município em que vivem. O processo inclui entrevista, capacitação e visita domiciliar, entre outras etapas, até a habilitação dessas famílias para acolherem crianças e adolescentes.
Encerramento do seminário
Um grupo de acolhidas da ONG Reaviva Brasil fez uma pequena apresentação musical durante o encontro. Na sequência, representantes dos municípios de Abreu e Lima, Jaboatão, Olinda, Paudalho e Recife compartilharam suas experiências com o público, que acompanhou o seminário tanto presencialmente, na sede da Escola Judicial de Pernambuco, na capital, como por meio da transmissão online em tempo real realizada pelo TJPE.
As palestras de Cláudia Souza, da Gerência de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da SDSCJPVD, e de Delton Hochstedlere, gestor do Serviço de Acolhimento Familiar Pérolas (SP), encerraram o evento.
???? Thaís Estevam/SDSCJPVD
