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  • Olhar para as Diferenças – Guia de Orientações

Olhar para as Diferenças – Guia de Orientações

1. GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA AS FAMÍLIAS DAS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA ATENDIDAS PELO PROGRAMA “OLHAR PARA AS DIFERENÇAS”

A família é muito importante para contribuir no processo de interação, na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças. Vejamos como as famílias poderão contribuir nas rotinas e nas brincadeiras.

Olá, famílias e responsáveis!
Sabemos que não está sendo fácil conviver com os desafios que chegaram para todas as famílias. O momento de pandemia trouxe dificuldades, entre elas, a quebra de rotina das crianças da Educação Infantil. Todas as crianças foram impedidas de ir à escola, de saírem de suas casas, bem como de conviver com outras pessoas. Esse contexto tornou a convivência diária mais difícil. Até a oferta dos atendimentos de especialistas e médicos, necessários para crianças com deficiência, foram atingidos neste momento. Essa realidade precisa ser melhor observada e compreendida para garantir os cuidados necessários às crianças com deficiência.

Surgiram alguns desafios que precisamos enfrentar. Que tal fazermos isso juntos?

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco e o Programa Olhar para as Diferenças, por meio deste guia de orientação dirigido às famílias das crianças com deficiência, pretendem contribuir com a promoção de espaços e estratégias de aprendizagens e desenvolvimento para as crianças na faixa etária de zero a seis anos de idade, durante o período em que estão ausentes da vivência escolar.

A parceria com a família, neste momento, é fundamental para possibilitar convivências mais saudáveis, contribuindo com o pleno desenvolvimento das crianças. Nosso olhar, nesse momento, encontra-se dirigido às crianças com deficiência.

Vejamos algumas dicas importantes:

  • Crie uma rotina para vivenciar experiências significativas com a criança. A rotina é fundamental para o bem-estar da criança e favorece as suas aprendizagens.
  • Valorize sempre cada conquista da criança, por pequena que possa parecer, pois isso é importante para a construção de sua autonomia.
  • Oriente, estimule e participe das brincadeiras com as crianças, pois são importantes para as interações sociais, para favorecer convivências saudáveis e também contribuem com as aprendizagens de uma forma geral.

As brincadeiras se expressam de diversas maneiras. Com elas, as crianças podem demostrar sentimentos, aprendizagens e necessidades. O direito de brincar de diversas formas, com diferentes materiais, precisa ser garantido a todas as crianças, em qualquer momento da vida.

O Art. 16, inc. IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente, garante o direito ao brincar, a praticar esportes e a se divertir.

2. AS BRINCADEIRAS

Desenvolvem a memória, a atenção, a autonomia e o desenvolvimento socioemocional da criança.

Aproveite esse tempo de maior convivência em casa, conte histórias,
ensine brincadeiras da sua infância. E, se possível, permita que a
criança ajude em algumas tarefas da casa que possam ser realizadas
em parceria com você.

Durante as práticas cotidianas e atividades que as crianças realizam em casa é importante o apoio da família na escolha e organização dos brinquedos e objetos que precisam estar com o acesso fácil para as crianças.

É fundamental que o responsável possa estar atento para orientar e ajudar, caso seja necessário. Lembrem-se: é importante fazer COM a criança e não PARA a criança!

3. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR

Toda criança é criança, independentemente das diferenças e condições específicas. Encontrar brincadeiras e jogos em que todos possam se divertir é uma excelente forma.

O brincar é de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo, emocional, social e físico para todas as crianças, potencializando o seu desenvolvimento pleno. Brincar ajuda a desenvolver diversas capacidades, como: habilidades motoras, cognitivas, linguísticas e de raciocínio lógico. Contudo, nesse momento de Pandemia do novo Coronavirus, devemos estar atentos a limpeza e higiene do ambiente e, principalmente, a higienização das crianças e de todos brinquedos ou objetos que elas manipulam.

É importante, nesse momento de pandemia e distanciamento físico e social, que possamos ofertar momentos para o brincar, de modo que envolvam todos da família. É uma oportunidade de interação com seus brinquedos e jogos e com as pessoas que com ela convive. Para que não exista preocupação com o contágio, lembre-se de limpar muito bem os espaços e os brinquedos utilizados.

E, por falar em aprender, a brincadeira é fundamental para o aprendizado de bebês e de crianças! Então, use os momentos de brincadeira para promover estímulos e proporcionar o desenvolvimento e aprendizagem de todos envolvidos, nessa valiosa vivência em família.

No ambiente natural, as crianças podem explorar, movimentar-se de forma livre e vivenciar muitas experiências. Claro que, no ambiente externo, os cuidados precisam ser redobrados.

Para brincar, respeitando as singularidades das crianças com deficiência, é importante:

  • Sempre que necessário adequar os brinquedos e brincadeiras;
  • Observar as reais necessidades apresentadas pela criança;
  • Respeitar as limitações de cada um;
  • Estimular as habilidades;
  • Inventar várias maneiras de brincar a mesma brincadeira, até que todos possam brincar.

Considerando que precisamos também tomar alguns cuidados com a nossa saúde e com a saúde das nossas crianças, vamos dialogar um pouco sobre algumas medidas importantes de higiene e prevenção nesses tempos de pandemia do Coronavírus.

4. A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO AO CORONAVÍRUS

Para se prevenir do Coronavírus, precisamos cuidar de nós e dos outros, sobretudo das crianças. Assim, é preciso higienizar as mãos, evitar aglomerações e usar máscaras.

Essas são atitudes muito importantes!!!

É importante saber que as crianças com deficiência, que necessitam de cuidados especializados, são mais vulneráveis, principalmente, porque apresentam, na sua maioria, outras enfermidades e baixa imunidade.

Uso das Máscaras

As crianças menores de 02 anos de idade não devem usar máscaras, pois existe risco de sufocação. É recomendado que a família, ou quem cuida do bebê ou criança menor que dois anos de idade, use máscara, caso apresente quadro de infecção ativa pelo novo Coronavírus. Também, é indicado que se evite tocar no rosto dos bebês quando estiverem fora de casa. Já as crianças de 02 a 06 anos, por apresentarem grandes variações de comportamento, devem ser avaliadas – caso a caso – se é possível, pertinente e seguro o uso da máscara, de acordo com o grau de maturidade da criança.

O adulto deve colocar sua máscara e ajudar a criança a colocar a dela, sempre com as mãos limpas. Evite tocá-la depois de colocada no rosto; oriente a criança também nesse sentido, evitando, assim, a contaminação. Quando precisar retirar a máscara, lembre-se de retirá-la pelo elástico.

Agora, vamos falar algumas questões específicas das crianças de zero a seis anos com deficiência.

Sabemos que o isolamento físico e social trouxe muitos desafios às famílias das crianças com deficiência, desafios relacionados a como agir nas vivências diárias e como contribuir para o desenvolvimento e aprendizagens de cada um deles, respeitando suas singularidades e ofertando o suporte necessário. A sensibilidade da família ou de quem cuida é fundamental para que a criança tenha uma nova estrutura de rotina e consiga conviver melhor com tantas mudanças.

5. ALGUMAS DICAS

  • Proporcione momentos diários, buscando criar situações prazerosas e motivadoras para a criança;
  • Use brinquedos, roupas, objetos diversos (que sejam seguros) e tudo mais que sua imaginação alcançar para estimular o desenvolvimento de sua criança;
  • Facilite o desenvolvimento da criança, a partir do seu próprio ritmo/perfil;
  • Escolha o momento mais favorável do dia para realizar as vivências e atividades. Priorize aquele momento em que a criança esteja calma, sem sono e alimentada;
  • Valorize as conquistas da criança, isso será muito importante para seu desenvolvimento. Só ofereça ajuda quando ela precisar!

É importante que os momentos de interação sejam aqueles das vivências diárias, das brincadeiras, ou mesmo da realização de atividades, sejam agradáveis, tanto para a criança, quanto para quem está interagindo com ela.

Tente conversar com sua criança, procure estabelecer vínculo afetivo, demonstre seu amor e, sobretudo, não deixe de perceber as suas conquistas.

Enxergue além da deficiência! Conheça sua criança. Seu olhar fará uma grande diferença para o desenvolvimento.

Procure ter contato com a escola, buscar orientações dos professores: da Creche, da Pré-escola e do Atendimento Educacional Especializado. Esse suporte é fundamental para que você compreenda mais um pouquinho sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagens de sua criança.

A criança não aprende só na escola, todos os locais são espaços de aprendizagens. Nesse momento de isolamento, a família tem um papel muito importante para a convivência e aprendizagem de todos.

6. CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

De maneira geral, crianças autistas não conseguem lidar tranquilamente com alterações na sua rotina, sobretudo, quando há mudança brusca, como está sendo no caso do isolamento físico e social. Ficar distante da professora, dos amigos e dos outros profissionais que a acompanham pode gerar um grande desconforto emocional. É importante que a família converse sobre essas questões com ela – pensem em como ter uma conversa de fácil compreensão e estejam juntos para oferecer o suporte necessário.

ORIENTAÇÕES:

  • a) Seu conhecimento sobre a criança é de fundamental importância. O que a criança gosta de fazer, o que mais lhe agrada? É certo que suas preferências são possibilidades para as suas aprendizagens;
  • b) A criança gosta de um determinado desenho animado. O personagem do seu desenho favorito pode ser utilizado para despertar seu interesse e, a partir dele, outras temáticas podem ser exploradas;
  • c) A criança que ainda não consegue falar. É importante não insistir, falando a mesma frase várias vezes seguidas, caso ela não reaja ao seu comando. Nesse caso, orienta-se encontrar formas alternativas de comunicação e ficar atento/a à forma como ela expressa suas vontades, sentimentos e aprendizagens;
  • d) A criança que não consegue se concentrar. É importante observar se ela apresenta alguma sensibilidade maior aos estímulos sensoriais (audição, tato, paladar, visão) e tentar ofertar alguns suportes, como: fones de ouvido, um espaço com pouco ruídos, óculos escuros e roupas mais confortáveis. Importante, não esquecer de respeitar o seu tempo.

7. CRIANÇAS COM A SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS, DEFICIÊNCIAS FISICAS E PARALISIAS CEREBRAIS

A crianças devem ser envolvidas em diferentes atividades lúdicas. Assim, nesse período em que não há atividades na creche nem na escola, a família poderá promover momentos de brincadeiras diversas, com jogos e brinquedos, contação de histórias, leituras, favorecendo, assim, o desenvolvimento e aprendizagens da criança, bem como a criação de vínculos entre a criança e as pessoas de sua convivência.

ORIENTAÇÕES:

  • a) Na interação com a criança, nos momentos de brincadeiras, utilize objetos de diferentes formas, texturas, cores, aromas e sons. Estimule a criança a experimentar diferentes sensações, isso é fundamental para o desenvolvimento de habilidades sensoriais;
  • b) Ofereça brinquedos seguros que ele/ela possa tocar e explorar e esteja sempre atento/a para ajudar, caso a criança necessite;
  • c) Os momentos do cuidado com a criança e os momentos de brincar precisam ser aproveitados, também, para promover estímulos, como o alongamento das pernas, a movimentação dos quadris, o movimento de rolar de um lado para outro, sempre com muita atenção e respeito aos limites da criança;
  • d) Em qualquer atividade, observe a posição em que o bebê ou a criança está. Essa posição precisa favorecer a interação com as pessoas e com o ambiente. Assim, a criança poderá melhor interagir com as pessoas e com os objetos;
  • e) O posicionamento postural da criança, também, é muito importante. Ela precisa estar sempre posicionada, de modo a facilitar a sua interação com o ambiente. E bem apoiada, para que possa explorar os objetos e brinquedos com tranquilidade;
  • f) Os momentos de trocas de fraldas podem ser úteis para a estimulação motora. Portanto, aproveite sempre as oportunidades que tiver para movimentar levemente a criança de um lado para o outro, alongando os seus membros. É necessária uma atenção redobrada nesses momentos, sempre estimulando e, ao mesmo tempo, respeitando o limite da criança;
  • g) Converse sempre com a criança, mostrando e nomeando os objetos utilizados nas situações do cotidiano, bem como sobre as atividades que vocês estiverem realizando; procure, também, associar palavras a gestos;
  • h) Quando falar com a criança, coloque seu rosto de frente para o dela e não se iniba de usar acessórios coloridos que chamem a sua atenção, como óculos coloridos, por exemplo;
  • i) Utilize brinquedos e objetos coloridos nas atividades realizadas com a criança; apresente os objetos na altura dos olhos dela e utilize brinquedos que emitam som e luzes. Prefira brinquedos que a criança possa pegar com as próprias mãos e estimule-a a explorá-los batendo, puxando, chacoalhando, jogando etc.;
  • j) Para estimulá-la sensorialmente, use objetos com texturas diferentes: toalhas, algodão, esponjas etc. Para ajudar a criança a conhecer o próprio corpo, à medida que for tocando, vá nomeando.

8. CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

As crianças acometidas pela Síndrome de Down apresentam algumas características em comum, mas cada pessoa é única e, portanto, deve ser acolhida, amada e cuidada, a partir das suas necessidades específicas. Comumente, essas crianças podem apresentar grande dificuldade na área cognitiva, mas isso não impedirá o seu desenvolvimento e aprendizagens de habilidades diversas.

Elas podem apresentar maior dificuldade em se expressar, do que em compreender o que é dito para elas ou vivido por elas. Por isso, utilize uma linguagem clara e objetiva, para que as crianças fiquem mais à vontade e confortáveis para expressar-se.

ORIENTAÇÕES:

  • a) Se puder, leia para a criança. A leitura estimula a linguagem e compreensão de mundo. Ter contato com livros infantis, para que possam realizar suas próprias leituras, mesmo sem fazê-las da forma convencional;
  • b) Interaja por meio de várias brincadeiras que você já sabe que a criança gosta. Você pode propor brincadeiras, nas quais a criança atenda a um comando, por exemplo: correr, parar, sorrir, abraçar, gargalhar, fechar e abrir os olhos, trazer algum objeto até você;
  • c) Organize brincadeiras que a criança seja capaz de compreender e interagir com pessoas e objetos. Dê a oportunidade para que a criança escolha as brincadeiras;
  • d) Você pode criar brinquedos e promover jogos junto com a criança, como: um jogo de boliche com garrafas pet; recortar pequenos quadrados ou círculos e pintar de cores, formando pares, para construir um jogo de memória com imagens do cotidiano dela; e outras possibilidades que explorem as habilidades da atenção e da memória.

9. CRIANÇAS SURDAS

Familiares e responsáveis pela criança, vocês sabem Libras? A Libras é a Língua Brasileira de Sinais e é muito importante para o desenvolvimento de pessoas surdas, pois, através por meio da Libras, o seu bebê/criança poderá se comunicar, assim como quem ouve e fala se comunica por meio da língua falada.

A Libras é língua oficial no nosso país, assim como a Língua Portuguesa. Os familiares podem aprender para saber se comunicar com as crianças em Libras. Esse é um passo enorme para o crescimento da relação afetiva familiar e para a aprendizagem da criança.

  • a) Os bebês, quando estão incomodados com algo, choram e logo se busca compreender qual é a necessidade para ser atendida. Se o seu bebê surdo não tem comprometido o aparelho fonador de maneira que ele possa emitir som, que é o que acontece com a maior parte dos surdos, ele irá chorar ou emitir algum som que sinalizará para você que está precisando de ajuda. Caso o seu bebê tenha comprometimento também no aparelho fonador que o impeça de emitir sons, você precisa observá-lo para perceber os sinais que ele dará de algum incômodo ou necessidade;
  • b) Algumas vezes a sua criança surda pode estar agitada e você não compreender a razão, achar estranho o seu comportamento e até achar que ela pode estar com algum problema mental. Na maioria das vezes, isso ocorre porque a criança quer se comunicar e não consegue. Aprenda Libras e ensine a sua criança, você verá que a comunicação entre vocês vai ser muito melhor e ela vai ficar mais tranquila e confiante; Observação: A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco oferece curso gratuito de Libras, no Centro de Apoio ao Surdo (CAS), que logo estará disponível presencialmente, quando retornarem as atividades nas creches e nas escolas. Nesse momento de isolamento físico e social, você pode contar com o apoio de professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), inclusive para essa aprendizagem.
  • c) Aproveite o momento de maior convívio com a criança surda, você pode proporcionar momentos de experiências significativas. Permita que a criança tenha acesso a livros infantis, gibis, jogos ou promova brincadeiras. Assim, você contribui para o desenvolvimento e aprendizagem do seu filho ou da sua filha, podendo utilizar a Libras, se você souber, em todos os momentos;
  • d) Se você tiver acesso à internet, você pode instalar no seu celular algum aplicativo que traduz a Língua Portuguesa para a Libras; existem vários. Por exemplo, o Hand Talk Tradutor para Libras é gratuito, nele você pode tanto escrever, quanto falar o que você quiser traduzir e aparece o Hugo, que é um intérprete avatar que faz o sinal em Libras da palavra ou expressão que você falar ou escrever. É muito legal e vocês vão gostar, interagir e aprender muito. Vale a pena experimentar!

10. CRIANÇAS CEGAS E COM BAIXA VISÃO

Familiares ou responsáveis pela criança cega ou com baixa visão já devem ter sido orientados por profissionais de saúde e educação sobre o quanto é importante a estimulação precoce para o desenvolvimento da sua criança.

Para bebês cegos, e com baixa visão, os outros sentidos – o tato, o olfato, o paladar e a audição – são fundamentais para que ele possa começar a conhecer e explorar o mundo. Importante que cada momento seja repleto de texturas, cheiro, sabores e sons. As questões sensoriais são essenciais para o desenvolvimento e aprendizagem na primeira infância.

A criança com baixa visão precisa ser observada pelos profissionais que fazem o seu acompanhamento de como e o quanto ela enxerga, o ‘quanto’, que é a acuidade visual, é constatada por um médico oftalmologista, mas é necessário no convívio com a criança perceber o ‘como’, ou seja, a forma que a criança enxerga e deve-se buscar uma maneira de promover o melhor contato dela com os objetos.

  • a) Utilize móbiles no berço, com estimulação sonora e tátil, ao alcance da mão do bebê. Guie a mão do bebê ou da criança para tocar objetos, sempre que for preciso. Ofereça sempre brinquedos seguros;
  • b) Na sua interação com a criança compreenda que ela não pode ver você sorrir, quando a criança faz algo engraçado ou que você fica feliz. Então, use um tom de voz diferenciado para que o bebê ou a criança perceba isso;
  • c) O abraço, o carinho, o aconchego são muito importantes. Estabeleça vínculos com o seu bebê e com a sua criança, a partir do toque. Fale com o seu bebê: ele irá associar a sua presença ao som da sua fala, com o seu cheiro, sentindo sua pele;
  • d) Coloque o que você quer apresentar ao alcance das mãos da criança e, para o caso de terem baixa visão, observe como olham para o objeto; se aproximam muito de um lado só do olho, por exemplo, vá observando e construindo junto com o seu filho/filha a melhor maneira de conhecer o mundo, explorá-lo e aprender muito sobre ele;
  • e) Esteja atento para a disposição dos móveis da casa. Sempre que for mudar algo de lugar, mostre a criança, caminhando com ela pela casa. Sendo um bebê que engatinha, mostre a ele o novo caminho disponível na casa para ele engatinhar. Sensibilidade, amor e cuidado são muito importantes para o desenvolvimento das crianças.

Este guia busca oferecer informações às famílias das crianças do Programa Olhar para as Diferenças. E ajudá-las a transformar a energia, muitas vezes, consumida pela ansiedade e pelos receios, em iniciativas produtivas de fortalecimento do vínculo com as crianças.

As orientações colocadas aqui são de caráter mais geral. Caso você perceba que seu filho ou filha esteja enfrentando alguma dificuldade, é mais prudente buscar ajuda especializada dos profissionais que o acompanham.

REFERÊNCIAS

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